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4 - Santa Cruz de la Sierra

03 de maio de 2011


INFORMAÇÕES
- possui cerca de 1.800.000 habitantes;
- é a cidade mais populosa e mais rica da Bolívia;
- seus habitantes são denominados CRUCEÑOS; 
- muito diferente do resto da Bolívia, muito mais moderna, parece outro país;
- possui muitas universidades onde pessoas de várias partes do mundo (especialmente do Brasil) vão estudar;
FUTEBOL
- no idioma espanhol, torcedor é hincha e torcida é hinchada;


   Pois é. Cheguei em Santa Cruz de la Sierra (eta nome bom de se falar...esse de la Sierra é fantástico) de manhãzinha. Fazia um frio terrível. Tive que reforçar as vestimentas pra suportar. Enquanto eu tirava a jaqueta da mala, ainda no terminal bimodal (estação ferroviária e rodoviária juntas), um sujeito en passant falou: aquí hace frío por la mañana. Eu respondi baixinho: puta que pariu, e como faz.
    Aproveitei e já comprei a passagem para La Paz, cuja partida do ônibus se daria às 17h00. Me restavam cerca de 10 horas pra perambular feito andarilho pelas ruas da cidade mais rica da Bolívia. Bora, então, que andar é comigo mesmo.



  Parei um táxi e pedi pro camarada me deixar na Praça 24 de Setembro. Pra puxar assunto, após dizer meu nome e minha nacionalidade, fui logo perguntando pro taxista se ele era hincha  do Oriente Petrolero ou do Blooming (os dois times locais). Ele respondeu: "soy Oriente, claro!"; e perguntou , juro por Deus, se eu era corintiano. Não tem jeito, tá escrito na testa. Respondi, "por supuesto, hombre de Dios!!!"
    Todos os comércios ao redor da praça 24 de setembro estavam fechados. Sentei num dos bancos e fiquei ali, curtindo aquele frio básico. Revisei a listinha onde constavam os lugares interessantes de Santa Cruz e, ajudado por um mapa, resolvi seguir rumo ao parque El Arenal.


Parque El Arenal

     A mochila estava pesada, o que contrastava absurdamente com a leveza de minha alma. Não vou descrever aqui todos os meus passos em Santa Cruz, mas digo, caminhei até cansar, até à exaustão. Andei demais. Passei pelo El Arenal; pelo Mercado Siete Calles, um aglomerado de lojas que fica no encontro de sete ruas; por todas as praças possíveis e imagináveis; pelo museu etnográfico e pelo museu de arte contemporânea; tomei sorvete, já que à tarde fez calor; tomei cerveja, também por causa do calor; assisti o Barcelona empatar com o Real Madri e ir pra final da Champions; paguei guaraná prum moleque descalço; almocei num restaurante de comida brasileira...Conheci bem o local e posso sugerir com tranquilidade: conheça Santa Cruz de la Sierra; é mais bonita e mais organizada do que muitas cidades brasileiras.








    Ah, claro que comprei a camisa da seleção boliviana. É bonita, a danada, embora seja verde. Aliás, eu gosto dessa cor, gosto da natureza. Meu problema em relação ao verde é só com o Palmeiras mesmo. Mas devo confessar que já vesti, amargurado, a camisa desse time, tão rival do meu Corinthians. Certo dia fui comprar a tal camisa para dar de presente pro meu pai (que torce pra porcada) e como não sabia se comprava a M ou a G, tive que experimentar, já que o velho tem mais ou menos o mesmo corpo que eu. Dia triste, aquele, digno de ser esquecido. Mas comprar a camisa da seleção boliviana trouxe à minha memória a compra da camisa do Palmeiras, confesso. Foi quase um déjàvu, pra mencionar essa canção. Então, repito aqui, fiel aos fatos, sem medo das gozações que sofrerei: já vesti a camisa do Palmeiras e em Santa Cruz de la Sierra me lembrei disso.

A catedral, a praça 24 de setembro, os pombos livres no ar.

Bandeiras. Bolívia, meu amor! Santa Cruz, meu amor também!
(Porque meu coração é grande, sim, senhor!)

Um comentário:

  1. Quem diria hein brother?! Essa cena eu pagaria pra ver...Fabiones vestindo a camisa da porcada...suBreal!!!

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