Eu tomaria café todos os dias da minha vida nessa varanda.
Nesse branco não há como não estourar.
Rua de San Pedro. Ou seria a rua da frente da casa em que morei quando era pibe?
Lá no fundo o Vulcão Lincancabur. En el desierto atacameño, donde quer que mires él está allá.
As pessoas olhavam a infinita areia, que olhava as pessoas e dizia: aqui quem manda sou eu!
Aqui a areia cega, o céu inunda os olhos de azul e os corações se derretem.
Nem todas as fotos podem ser bonitas. :(
Sol atrás.
Falo e lua.
Sim, de novo o Lincancabur!
Dourado.
Aqui a vida segue no ritmo natural.
Uma estrada, uma bike, um sonho realizado, um amor...
O rosto de areia vermelha guarda o portal e rege os destinos.
Perro
Sem metafísica.
tava aqui olhando as fotos, incansável, depois da nossa conversa. ja tinha visto ontem, qdo vc postou. ja tinha visto antes, naquela manha sob as árvores.
ResponderExcluiré grosseiro fazer qualquer tipo de comparação entre esse lugar, suas sensações, sua alegria, e uma cidade como, por exemplo, Borá.
mas Borá, a menor cidade por onde ja passei, fica depois de uma estradinha bonita, com muito verde, pequenas casinhas quase à beira da estrada, cheias de flores e silêncio. todas as vezes que passei por lá, o dia estava lindo, o céu azul, e o meu maior desejo foi sentir e viver uma experiência assim, de distanciamento, de desapego, de paz.
vendo as fotos, lendo os relatos anteriores, tentando, mais uma vez, caminhar, sem corpo, ao seu lado, eu senti vontade de sumir. evaporar e me materializar em algum lugar onde pudesse, de fato, sentir algo parecido com o que você sentiu.
eu não sei se daria conta, não sei se meu corpo e meu espírito se adaptariam com facilidade a algo tão diferente do que estou habituada a viver. um silêncio que parece preencher, uma realidade que parece não necessitar de palavra alguma. mas penso que sim. que por mais que nos primeiros dias eu pudesse ter algum tipo de crise de abstinência da "loucura" em que vivo, aos poucos, a alma se adequaria e perceberia que a vida é mais, justamente quando se faz menos. que é maior, bem ali, nas pequenas coisas. numa bike, num deserto, numa varanda com mesas de madeira onde se toma o desayuno.
e só isso, o compartilhar, neste momento, o que pensei, desejei, imaginei, senti graças a algo que você mostrou e compartilhou tb, ja me fez sentir melhor.
beijo
ia comentar, mas acho que nem preciso dizer mais nada.
ResponderExcluiras imagens, mais uma vez, me tocam e comovem e despertam algo que não sei bem explicar.